quinta-feira, 16 de junho de 2011

Momentos Eternos (por Petit)




Meu ser é tocado pelo seu olhar
Submete minha imaginação a seus pensamentos
Tento desvendar suas várias máscaras
Fazendo-me supor algo recíproco

Meu cérebro canaliza energias em você
Desejo tua simples genialidade
E contemplo a janela da tua alma

A riqueza das suas palavras reais
Faz-me viajar nos contos e encantos
Que torna tua boca suculenta
E me deixa cair na platonicidade

Querer ter você em meu colo
Me faz pensar nos nossos poucos momentos
E que para mim são eternos

sábado, 4 de junho de 2011

Formatando Pensamentos (por M. Corydon)



      A indelével condição de escrever subjaz à prática do pensar primeiro. Já diziam, há alguns séculos atrás, digamos milênios, os precursores do ábaco, em números. Escrever é sinônimo de ter coragem de falar aquilo que não diríamos em hipótese alguma nas praças de toureiros ou até mesmo nos campos de futebol. Quem escreve, escreve algo para alguém, porém e, sobretudo para si, dentro do âmago, formando dois. Palavras desconexas são as inseguranças e confusões de um indivíduo cansado de formas. Palavras bem escritas foram atadas com cinturões de couro fino e fivela de aço. Escritores desconexos e palavras amarradas constituem a fabulosa fórmula da escrita hermética, daquilo que eu não sei do que se trata, mas sei o que quis dizer com tudo isso.
     Quem escreve, escreve porque já não há espaço para tantos pensamentos.



Através da Parede (por Oaken)



Meu coração já está batendo mais forte e mais rápido quando a porta se fecha atrás de mim. Encosto-me a ela e dou uma olhada no quarto vazio. Não queria estar aqui, definitivamente. Fecho os olhos e rapidamente sua imagem me vem à cabeça e, oh, minha respiração fica mais pesada. Sinto gotas de suor brotando por toda a minha pele. Levanto e começo a andar de um lado para o outro, lembrando-me de você, claro. Hoje você tinha me colocado contra a parede com seus olhos e lábios inquisidores, me deixando à mercê das minhas mentiras para poder lidar melhor com suas perguntas. Mais fácil assim, talvez. É até engraçado eu saber de tanta coisa que você faz e fingir que não me importo. Mais engraçado ainda é você fazer a mesma coisa.
Deixo-me cair sobre a cama e sinto o peso do meu corpo. Querendo sentir o peso do seu. No meio do meu conturbado silêncio eu ouço do seu quarto, seu corpo se movendo. Não sei o que você faz, nem se há alguém com você. Levanto-me quase automaticamente, provavelmente por instinto... Devo estar à beira da loucura, pois estou com o corpo colado à parede, eu quero ouvir mais, ter de você tudo o que eu posso através desta barreira. Meus dedos percorrem a superfície lisa, estou perdido em devaneios sobre a textura da sua pele. Mais suor, escorrendo do meu rosto e descendo pela minha camisa. A parede fica molhada ao meu toque. Eu de olhos fechados. Você do outro lado...
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